junho 13, 2012

Istepô!


"No final do arrastão, quando milhares de tainhas pulavam nas areias da praia, um rapaz surrupiava algumas tainhas e já se esgueirava entre a multidão que ali estava assistindo à bela cena do triunfo dosmanezinhos pescadores, quando foi interpelado por um deles que, largando o balaio na areia, correu e disse-lhe:
Ó, lhó, lhó, rapagi, tás tolo, istepô, intiquento, miserento,digraçado! A pinta da tua mãe tá cheia de bicho berne! Tás querendouma camassada de pau, sô amarelo? Num tô ti parando pelo valori dastainha, cadiquê tem peixe à migueli, magi pramode di ti dizê pra ti,caquí na Ilha num tem genti da tua parecença não. Sí tás brocado emaleixo, tudu bem é só pidi qui nós dãmu; magi si é a farsafé, e dimalinagi pra engabelar e morcegar nós, qui tamo aqui di sóli-a-sóli nomaió saragaço, ti acarqueto os zóio, ti assico a buçica, ti enfenco amão nas venta e ainda chamo os meganha pra ti alevá!
O rapaz, ainda meio atordoado, pergunta baixinho: ' Meu caro pescador, afinal eu levo ou não levo os peixinhos?"

3 comentários:

Blog do M@rcondes disse...

Nada a comentar, a não ser
FANTÁÁÁÁÁÁÁÁSTICOOOOOO!!!!!!

Unknown disse...

"Amarelo da goiaba, morreu na segunda feira, se não comesse a goiaba, durava a semana inteira". Essa minha mãe disse, ela com 92 anos, dos falares da infância dela. Isso qdo eu li o texto de vcs e ela " se estragava de rir".

Bruno Carlon disse...

te doti (te dou)